Em 1º de março é celebrado o “Dia Mundial dos Catadores e das Catadoras de Materiais Recicláveis”, em memória às vítimas do massacre de Ottawa, ocorrido na Universidade Livre de Ottawa, na Colômbia, em 1992, quando 11 catadores que foram assassinados no trabalho, com o objetivo de tráfico de órgãos.
Em memória do massacre e em resposta às inadequadas condições de trabalho, que ainda persistem, além do preconceito e discriminação, a categoria profissional vivencia na sociedade, foi consagrada a data no Primeiro Encontro Internacional de Catadores, que reuniu 34 países na Colômbia, em 2008.
Atualmente, mais de 18milhões de pessoas em todo o mundo – ou seja, cerca de 1% da humanidade – trabalham com a coleta, triagem e reciclagem de resíduos gerados pelas cidades.
Os catadores e catadoras realizam um trabalho essencial à vida e ao desenvolvimento sustentável do planeta. Contribuem para a logística reversa de matérias recicláveis, pois são responsáveis pela retirada de toneladas de resíduos das residências, comércios, vias públicas, margens de rios e outros locais inapropriados para o descarte.
Apesar dessas contribuições ambientais e sociais, catadoras e catadores de materiais recicláveis geralmente não são legalmente reconhecidos como trabalhadores(as) e sofrem com as más condições precárias de trabalho e sem a adequada proteção social.
Para Anne Sena presidenta da Unisol Bahia; esse segmento é importante para um desenvolvimento sustentável ainda tendo muito pouco a comemorar … ” precisamos de políticas inclusivas de gestão de resíduos que integrem os catadores e as catadoras de material reciclável às cadeias formais de reciclagem, que possam contribuir para a promoção da reciclagem e da circulação de recursos, para a criação de trabalho decente, redução da pobreza e inclusão social”, destaca.