A monocultura, isto é, o cultivo em larga escala de uma única espécie vegetal, é um modelo de produção agrícola que prevalece no Brasil desde o período colonial. O plantio de apenas uma cultura gera inúmeros problemas ambientais como o desgaste do solo e a perda da biodiversidade. Diante desse cenário, a agroecologia surge como uma alternativa sustentável, que concilia a produção de alimentos e a conservação ambiental. O manejo ecológico proposto pela agroecologia, visa garantir que as novas gerações também possam usufruir dos recursos naturais disponíveis na natureza.
Uma das ações desenvolvidas pelo ATER Biomas, projeto financiado pelo Governo do Estado da Bahia, juntamente com a Secretaria de Desenvolvimento Rural e a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (SDR/ BAHIATER) é a Transição Agroecológica – processo gradual de mudança do sistema agrícola convencional para um modelo ecológico. As equipes técnicas orientam e auxiliam os agricultores familiares na implantação de práticas de conservação do solo; no uso de tecnologias limpas, no controle da erosão, na utilização de defensivos naturais, entre outros.
A UNISOL Bahia, é umas das entidades executoras de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) no Vale do Jiquiriçá. A equipe de ATER atende agricultores de quatro municípios – Jaguaquara, Itaquara, Cravolândia e Santa Inês. Aliene Santos, é uma das beneficiárias do projeto. Durante uma visita técnica, a agricultora relatou sobre a infestação de lagartas na sua horta. O técnico propôs a aplicação do extrato de Nim- defensivo natural produzido a partir de uma planta medicinal. “A gente fez juntos o extrato […], borrifei com a bombinha, matou todas as lagartas”, relata Aliene.