O Projeto ATER BIOMAS busca atender agricultores e agricultoras familiares nos Territórios de Identidade da Bahia com enfoque nos Biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Nesse contexto, a SDR/BAHIATER busca convergir para a consolidação de uma política pública cada vez mais articulada e intersetorializada, cumprindo o papel de planejar e coordenar as ações no meio rural baiano em sintonia com as secretarias e órgão afins e assumindo a missão de “promover a gestão e a execução da assistência técnica e extensão rural e articulação de políticas públicas para a agricultura familiar, visando sua emancipação econômica, social e o desenvolvimento sustentável, contribuindo para melhoria da qualidade de vida, respeitando suas especificidades culturais, econômicas, ambientais e sociais”. (Fonte: Edital da Chamada de ATER da SDR do Governo do Estado da Bahia).

Um ATER (Assessoria Técnica e Extensão Rural) é um processo cooperativo que leva a família agrícola (adultos e jovens), ensinamentos sobre a agricultura, pecuária e economia doméstica, que podem modificar e aprimorar hábitos e atitudes familiares, em aspectos técnicos, econômicos e sociais de forma a melhorar a qualidade de vida. O principal objetivo dos serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater) é melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias rurais, por meio do aperfeiçoamento dos sistemas de produção, de mecanismo de acesso a recursos, serviços e renda, de forma sustentável.

A proposta de ATER da UNISOL (MA17- Vale do Jequiriçá), está sintonizada com o importante momento de retomada do crescimento e de reorientação do desenvolvimento social, a partir das políticas públicas do Governo da Bahia, possibilitando aos Agricultores Familiares uma reincorporação aos mercados existentes, assim como a criação de novos mercados, com elevação tecnológica, garantia de renda, e, sobretudo, com ampliação de direitos sociais, ambientais, políticos e sustentabilidade econômica.

Com atuação do Território de Identidade do Vale do Jequiriçá, o ATER BIOMAS, atuará diretamente com 540 agricultores distribuídos em 4 municípios, sendo eles: Santa Inês, Jaguaquara, Cravolândia e Itaquara. caminho que a UNISOL apresenta, neste sentido, é realizar um processo permanente de assessoria integrada, com foco principal na Agroecologia e na Economia Solidária, que permite também a participação de agricultores(as) convencionais, assim como dos(as) que desejam realizar a transição agroecológica. Neste sentido, trata-se de uma ATER orientada para a integração de todos os processos de planejamento, produção, comercialização e consumo, com base nas práticas da Economia Solidária que, inclusive já tem apresentado êxito em diversas regiões do país.

RESULTADOS ESPERADOS

• Efetivo acesso das famílias aos programas públicos federais, estaduais e municipais de assistência social, BPC e outras políticas;
• Um reconhecimento territorial das dimensões locais na relação das populações do campo e sua complexidade;
• Uma agricultura socialmente justa e ambientalmente sustentável, com a opção por uma transição agroecológica ou de matriz agroecológica;
• O amadurecimento das relações sociais de gênero, geração e etnias, possibilitando o desenvolvimento de potencialidades e novas relações nas famílias rurais;
• Garantir o pleno acesso aos programas de governo a exemplo do PRONAF em suas diversas modalidades;
• Possibilitar o acesso a programas documentação como o PNDTR
• Garantir que as comunidades possam organizar-se para acessar os programas de comercialização de sua produção por meio do PAA, PNAE, e outros;
• Participação solidária e democrática nos processos de decisão, assegurando a plena participação do universo feminino;
• Assegurar a organização produtiva da unidade familiar, integrando-a a comunidade;
• Possibilitar o acesso aos mercados institucionais; e,
• Disponibilizar conhecimento tecnológico atualizado possibilitando aos produtores a escolha de tecnologias alternativas e bem sucedidas para o melhor desempenho de sua unidade;
• Mediar junto as instituições de fomento o acesso ao crédito e a novas formações, estimulando a produção cooperativista e associativista;
• Garantir a transferência e troca de conhecimento por meio de tecnologias sociais reaplicáveis;
• e, possibilitar as famílias uma vida mais digna e justa, mediante o comércio justo e solidário de sua produção, com ganhos econômicos, sociais, ambientais e relacionais às populações demandantes por serviços de ATER.