O Brasil acorda com boas notícias: o índice de extrema pobreza caiu para menos de 5%, um marco histórico que reflete as políticas adotadas pelo governo Lula e representa uma mudança significativa na estrutura socioeconômica do país. O número de brasileiros vivendo em situação de extrema pobreza caiu de 12,6 milhões em 2022 para 9,5 milhões em 2023, um avanço que deve ser complementado com uma robusta política de fortalecimento da economia solidária.
A economia solidária desponta como uma alternativa essencial para consolidar os progressos já obtidos na luta contra a pobreza extrema. Com foco no protagonismo do trabalhador, essa abordagem promove autogestão, cooperação e solidariedade entre os cidadãos, criando redes de proteção social fundamentais para garantir inclusão e dignidade. O fortalecimento da economia solidária pode oferecer opções sustentáveis a milhões de brasileiros, especialmente aqueles que, apesar de terem deixado a extrema pobreza, ainda enfrentam vulnerabilidades socioeconômicas.
Ao incentivar a economia solidária, o governo pode estimular a criação de empreendimentos coletivos que viabilizam trabalho e renda de forma equitativa e sustentável. Cooperativas e associações têm o potencial de superar as barreiras impostas pela informalidade e desigualdade, garantindo acesso a crédito, capacitação e mercados. Esses empreendimentos não só proporcionam uma alternativa de sustento, como também promovem a construção de laços sociais e comunitários, essenciais para um desenvolvimento mais equilibrado.
Além disso, a economia solidária pode ser uma resposta eficaz aos desafios históricos enfrentados por grupos marginalizados, como mulheres, negros e indígenas, que são frequentemente os mais afetados pela pobreza. Iniciativas nesse âmbito podem ser direcionadas a esses públicos, promovendo a equidade e estimulando a cultura local e a produção artesanal, que são expressões importantes da identidade e valorização cultural.
Outro ponto relevante é o potencial da economia solidária para incentivar um consumo consciente e responsável. Ao priorizar produtos e serviços locais, essa abordagem pode minimizar a exploração excessiva dos recursos naturais e contribuir para o desenvolvimento sustentável, especialmente em um país como o Brasil, rico em biodiversidade e com vasto potencial para práticas produtivas ambientalmente corretas.
Em síntese, fortalecer a economia solidária é uma estratégia crucial para ampliar os resultados alcançados no combate à pobreza extrema no Brasil. O sucesso das políticas implementadas deve ser acompanhado de iniciativas que promovam um desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável, assegurando que os avanços sejam duradouros e equitativamente compartilhados. Somente com uma abordagem integrada, que valorize a diversidade e o potencial coletivo, conseguiremos construir um país mais justo e igualitário, livre da extrema pobreza.