Ministério do Trabalho divulga 3º Relatório de Transparência Salarial e Igualdade

Mulheres recebem 20,9% a menos que os homens. Este é um dos principais dados apontados pelo 3º Relatório de Transparência Salarial e Igualdade divulgados pelo Ministério do Trabalho neste mês de abril, que traz dados sobre a participação de mulheres no mercado de trabalho.

Conforme os dados, há um aumento na participação de mulheres no mercado, porém ainda há persistência da desigualdade salarial. Homens ganham uma remuneração média de R$ 4.745,53, enquanto o salário médio das mulheres é de R$ 3.755,01. Se consideradas as questões étnico-raciais, constata-se que essa distância remuneratória dos diferentes gêneros é ainda maior para as mulheres negras, que recebem uma remuneração média de R$ R$ 2.864,39.

O relatório, que tem como base o Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2024, analisou 19 milhões de vínculos de 53.014 estabelecimentos com 100 ou mais empregadas/os. Um dado positivo foi a queda no número de estabelecimentos com, no máximo, 10% de mulheres negras em seus quadros funcionais. Houve também um crescimento na participação das mulheres negras no mercado de trabalho, passando de 3.254.272 para 3.848.760.

Segundo o Movimento Pela Igualdade no Trabalho, as mulheres representam 51,1% da população brasileira, 44% da força de trabalho e são responsáveis por 51,7% dos lares. Dados da RAIS, de 2024, apontam que a parcela de mulheres ocupadas aumentou para 40,6%, elevando o número de mulheres empregadas para 7,7 milhões.

Lei de Igualdade Salarial
A Lei 14.611/2023, criada em 2024, que determina igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens (veja AQUI).

Durante a divulgação do 3º Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, os ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego lançaram também o Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial – Lei n° 14.611/2023 e o Movimento pela Igualdade no Trabalho (saiba mais AQUI).

O Guia tem como objetivo indicar sugestões e recomendações que possam contribuir com os processos de negociação coletiva sobre a implementação da Lei e reflexões sobre discrepâncias que se manifestam no ambiente de trabalho, entre elas, a salarial.

Acesse AQUI o relatório completo.

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