Entre as inúmeras problematizações sobre as mazelas das crises atuais e históricas do modelo de desenvolvimento adotado no país e de suas consequências nefastas para a maioria das pessoas, enfocamos no presento projeto as diversas formas de precarização do trabalho e do acesso aos recursos básicos, humanos e estruturais, voltados para a gestão e comercialização de produtos da agricultura familiar, em especial dos empreendimentos populares solidários e de suas redes.

A partir do apoio à agricultura familiar e à pequena produção agrícola, o projeto tem por finalidade a implantação de uma rede integrada de comercialização territorial, com o intuito de ampliar a eficiência econômica e organizativa de 50 empreendimentos econômicos solidários e populares, preferencialmente inseridos em outras políticas públicas complementares, voltadas para a melhoria da base de produção, assistência técnica rural e urbana, acesso à água e energia, entre outras, visando intensificar a geração de emprego e renda aos beneficiários e contribuir para o processo de desenvolvimento territorial sustentável.

Deste modo, concebe-se a autonomia econômica como estratégia ampla de promoção da melhoria das condições de vida da população rural da Bahia, assumindo-se o fortalecimento da gestão e comercialização coletiva como um dos passos fundamentais para a conquista e exercício de direito sociais e para o enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional, do desemprego, do êxodo rural e da precarização do trabalho humano.

Para tanto, serão realizadas atividades de acompanhamento e assessoria técnica para gestão e comercialização, capacitações, planos de negócios, adequações da produções para atendimento ao mercado consumidor, plano de comunicação, identidades visuais, estruturas de comercialização, fortalecimento das articulações locais través da implantação do comitê gestor e estruturação de ações que fogem o debate de gênero e geracional mulheres e juventude.

OBJETIVO

Estruturar uma Rede de Comercialização e Consumo Solidário no Território da Chapada Diamantina, composta inicialmente por 50 empreendimentos produtivos em 08 municípios e 10 entidades parceiras, com foco na assessoria para gestão e comercialização, integração e capacitação de jovens, apoio para comercialização coletiva, valorização das potencialidades socioambientais territoriais e na promoção de parcerias efetivas entre poder público e sociedade civil.